Ser poeta e amar, permanecer vivo e sentir um abraço do vento.
É morrer por amor, deixar de sorrir por aquilo que somos, e viver num eterno abraço de um calor eterno e no aconchego das promessas.
Cantar uma melodia sinfónica de dós e rés numa clave de sol perfeita…
Se poeta e tudo, e viver aqui, e morar no céu…viajar naquilo que sente e sorri, chora e grita quando a voz o permite…
Poeta, e tão simples e tão complexo… ele morre hoje, ressuscita amanha…
Ele faz chorar, ele faz com que cada um de nos, uns simples amadores…amemos e sofremos com eles…
Eles remendam o mundo na sua mais profunda sensação da realidade, e mostram o seu inverso, não ferem nem são feridos…
E alguém compreende um poeta?
Nem mesmo o próprio…
Florbela Espanca escreveu:
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e Alem Dor!
.............................
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
.............................
É ter fome, é ter sede de Infinito!
............................
É condensar o mundo num só grito!
............................
E no seu mais profundo sentimento ela sentiu, e agora permanece viva, aqui neste e noutros versos de carinhosos sofrimentos e de alguém que sofreu, e sofreu bastante por amar…
Será amar o aliado do poeta?
Mas na verdade eles amam e mostram aquilo que sentem, mas só eles conseguem decifrar o seu enigma…
1 comentário:
O lindo poema da Florbela a dar o mote...mais um blog para descobrir.. um blog onde as emoções imperam... com que alívio e alegria os encontro! :)
Enviar um comentário