domingo, 27 de abril de 2008

A alma


Os olhos sentem
Mas a alma não quer dizer
Os olhos sorriem e mostram.
Mas os olhos mostram o que a alma não diz


O coração sente o calor
As mãos húmidas escondem o amor
Os pés fogem de amar
E a alma grita, amo te


As unhas têm o teu nome escrito,
As mãos apagam no.
Mas a alma sente,
E os olhos já não conseguem mostrar.


Os lábios tentam esconder
A felicidade da tua presença
Mas o coração explode
E a alma não mente.


O olfacto sente o perfume da tua pele
A alma sente mas os olhos não o dizem
A alma sorri
Mas os lábios não querem falar.

Tudo torna se uma agitação
Numa turbulência
Em que o barco não consegue manter se direito
E acaba por afundar se nas tuas mãos

Já no fundo da tua alma
Os meus olhos choram de tristeza
A serenidade da certeza tornou se na desarrumação do meu coração
A alma morta, solta num corpo apagado…
Em que fez sentido sorrir,
E agora já nada mais faz sentido

Amo-te, gritou a alma
Mas o vento levou a brisa
Que levava o que os olhos queriam mostrar,
E o corpo não chegou a tempo de explicar

1 comentário:

Anónimo disse...
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